sábado, 29 de junho de 2013

Sempre serem lembradas



Naquela manhã quente de verão
Arrumando seu quarto
Se deparou com lembranças
Que achava que tinham sido descartadas

Aquelas lembranças que mesmo
Sendo desagradáveis fizeram
Parte de sua personalidade
Da pessoa que se tornara

Foram essas lembranças que a ajudaram
A não cometer os mesmos erros
Foram essas lembranças que a
Fizeram acreditar que nada estava perdido
Quando o que mais queria era chorar

O vento entrava pela janela
Vasculhando vestígios daquela história
Daquelas fotografias guardadas
Que aos poucos foram coladas
Na intenção de sempre serem lembradas

A mais linda história de amor



Ele tinha um sotaque diferente
Ele era carioca e não
Largava de seu violão

Ela falava inglês fluentemente
Ela era gaúcha e sempre
Estava com um livro ao seu alcance

Naquele dia ambos estavam no mesmo
Ônibus de excursão e por um
Empurrãozinho do destino
Seus caminhos se cruzaram

Eles eram tão diferentes
Ele a ensinou tantas coisas
Trocavam conhecimentos
Tinham um brilho no olhar
Que era tão perceptível
Que deixava tudo florido

Descobriram juntos o amor
Traçaram seus caminhos interlaçados
Na mais linda história de amor
Tocada em um violão
 

Ela transformava



Conheci uma menina diferente
Ela era péssima quando se tratava de esportes
Mas aos poucos convivendo
Ao seu lado eu percebi

Que sua mente guardava
Tantas coisas que permitiam
A ela escrever e criar
Fantasias que retratavam
A vida real

Ela não se destacava
Não era melhor em tudo
Vivia em seu mundo
Falava tanto que parecia
Que nunca tinha falado

Mas algo nela me chamava a atenção
Por mais terrível que seus problemas fossem
Ela transformava-os em uma bela poesia
Ela transformava suspiros
Nos mais belos sorrisos

A carta jamais enviada



Tudo estava tão nítido
Em sua memória
As lembranças daquela noite
Não a deixou adormecer

As atitudes que tomara
Passava em sua cabeça
Como cenas repetitivas
Incapazes de serem esquecidas

Correndo seus olhos cansados
Pelo seu quarto com pouca claridade
Visualizou uma folha um tanto dobrada

E com lágrimas a lhe atrapalhar
Escreveu uma carta
Que jamais teve coragem
Para entregar ao devido destinatário

Uma carta  jamais enviada
Que mergulhou no lago perto de sua casa
Dividindo-se em vários pedaços
Capazes de serem juntados e encaixados

Tudo mudou



De repente tudo mudou
Ela não foi capaz de perceber
Que a mudança estava lhe assombrando
Durante um determinado tempo

Que suas preocupações não eram as mesmas
Ela não ficava mais em dúvida
De qual brinquedo escolher

Ela não precisava mais dormir agarrada 
Em seu urso de pelúcia
Que era o dobro do seu tamanho
Para se sentir segura 

Por mais feliz que ficasse
Por finalmente crescer 
E não precisar tanto de atenção
Ela não pode deixar de sentir
Falta de seu urso protetor 

Ela não pode deixar 
E esquecer da feliz 
Infância que deixou de lado
Para finalmente crescer

Na campina



No meio da campina
Havia uma menina
Seu rosto trazia
Uma expressão juvenil
Com uma mistura de criança

Como a luz do sol
Seu sorriso iluminava
O campo florido
Trazendo consigo os perfumes
Levados pela brisa

Como a gota de orvalho
As lágrimas desciam de seu rosto
Transformando-a em um anjo

Como as águas do mar
Seus pensamentos vagavam
Em busca de um porto seguro
Sendo levados pelas ondas
Como uma nova história
A ser contada

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Foram tantos



Tudo estava difícil para ela
Ela não conseguia disfarçar
Tudo se tornou
Uma mera lembrança

Foram tantos sorrisos compartilhados
Tantos sussurros deixados
Tantos olhares
Que o coração
Foi capaz de sentir

A mais nova nuvem
Passou no céu
Ela somente observou
Sem nada dizer

Por que seu coração
Já dizia tudo
O que não foi capaz de dizer

Toda vez que o sol se põe
Ela olha
Na esperança que
Tudo volte como
Foi naquele dia

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Naquele balanço



O vento batia nas janelas das casas
Enquanto uma menina estava sentada
No balanço que marcou sua infância

Foi ali naquela praça 
Que ela se viu crescer
Foi ali naquele balanço
Que se balançou toda ás vezes
Que sentiu que seu mundo perfeito
Era pequeno demais para levar
Todos que amava

Foi ali naquele balanço que sentiu 
Seus medos chegarem e irem embora
Foi ali que se balançou
Na noite que se sentiu sozinha

Onde cenas iam passando
Seus amigos corriam 
Risadas escoavam 
Se tornando apenas lembranças

Era no seu caderninho




Ela tinha um modo diferente de ver o mundo
Ela via o mundo como um grande livro
Onde você pode desenhar e grifar a sua parte favorita
Onde você pode fechá-lo para novamente e abri-lo
Quando saber o que escrever e criar

Ela se destacava em todo lugar que frequentava
Chamava a atenção facilmente
Não por que tinha atitudes que lhe fazia diferente
Mas pelo objeto que carregava sempre à mão e a sua frente

Era um caderninho rasgado
Onde estava depositado
Seus sonhos
Suas lágrimas
Seus sorrisos
Onde ela escrevia
Onde ela compunha
Seu jeito de viver

Era no seu caderninho
Que ela escondia a menina
Que todos queremos conhecer

Praticando

Todo o bom poeta, começa descobrindo seu talento, praticando. Em busca de melhoramento dos meus poemas comecei a praticar, até chegar a escrever os poemas que escrevo, capaz de tocar corações, como canções.  Se você quer se destacar e mostrar seu talento, seu grande amor pela escrita, basta praticar. A seguir, poderão ver minha caminhada e minha evolução através das palavras.



        Amar
Amar é um simples gesto
Amar é refletir
Amar é ser feliz
Amar é ajudar os outros
Pobre, rico todos merecem o seu amor
Amar é respeitar os professores
Amar é aproveitar ao máximo para fazer o bem
Amar é fazer poemas e poesias
Aproveitar a criatividade
Poder botar para fora todo o amor que sinto
É dizer eu te amo pelo menos uma vez ou até duas vezes
Mas simplesmente amar


Ser feliz
Ser feliz não é difícil
É dar valor a vida
Amar as pessoas, sem preconceito
É viver com alegria
É ser honesto com os outros
É não mentir, é ser bom
É ser amado
É ser feliz

A descoberta

Bom, como vocês meus queridos leitores e leitoras, já sabem comecei a escrever desde criança. Resolvi então postar um pequeno texto, na qual foi escolhido para representar minha turma no meu atual colégio, três anos atrás, sendo exposto no Centro de Cultura de Santo Ângelo. Como não tenho o original, acabei adaptando-o, conservando sua essência. Espero que gostem :)



 Num dia lindo de sol, no jardim de sua casa brincava, uma menina que não gostava de ler.
 Um dia ela viu seu irmão mais velho cheio de livros a sua volta, ele gostava  muito de ler. Ela decidiu ir ao ser quarto escondido, para que ele não a visse bisbilhotando suas coisas. Logo ela viu um imenso livro e decidiu  abri-lo, para descobrir o que tinha nele, fazendo com que estivesse sempre guardado em um cantinho especial, ao alcance de seu leitor . Neste instante seu irmão entrou no quarto. 
A menina ficou desesperada e resolveu contar a verdade. Quando ela terminou de contar, seu irmão apenas sorriu, sentou ao seu lado e lhe contou porque ele gostava tanto de livros.
No outro dia a menina abriu os olhos e viu que envolta dela tinha muitos livros velhos, mas encantadores, se lembrou do dia anterior e de sua descoberta, depois pegou um livro e começou a ler e viajar, sem medo de tropeçar nas palavras, ali escritas. A menina nunca esqueceu que ler era bom e que ás vezes qualquer livro velho pode nos ensinar a voar, se acreditarmos.
                                                                                                             Natalia Scholze da Silva

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Eu me lembro



Sim eu me lembro
Eu me lembro daquele dia
Que você me desenhou
E disse que colaria o desenho em seu quarto
Para lembrar todos os dias
Como era meu rosto

Eu me lembro dos nossos passeios à cavalo
Dos nossos piqueniques
Das nossas tentativas
De contar uma história de terror
Que tantas vezes acabou em palhaçadas
E risadas sem fim

Eu me lembro
Daquele dia que o vento
Te despenteou
E você fez aquela cara
Que não consegui
Segurar aquela risada

Eu me lembro das suas piadas sem graças
Que ninguém ria
Mas que eu adorava

Me lembro das danças desengonçadas 
Das tantas vezes que você pisou no meu pé
Das cosquinhas que você me fazia
De surpresa me fazendo gritar
Para você enfim me largar
 
Mas me lembro principalmente daquelas vezes
Que bancastes o psicólogo
Me ensinando a sorrir junto contigo
Em uma felicidade sem hora e lugar
Para acabar





Você nunca esquecia


Quando andávamos
De mãos dadas 
As folhas caíam
Em cima de nossas cabeças
O vento sussurrava no meu ouvido
Tudo aquilo que eu não queria dizer

Quando você me abraçava forte meu coração pulava tanto
Que tenho certeza  que você escutava
Quando você tinha que ir embora
Eu não queria deixar
Mas eu sabia que você precisava

Quando você me olhava
Daquele jeito só seu
Eu via minhas bochechas corarem
Então você sorria
Com seus dentes brancos
Como a lua
Iluminando meu dia 

Você sabia que eu adorava poesia
Então você escrevia
E trazia os versos mais lindos
Que alguém poderia ler

Você nunca se esquecia de
Mandar um bom dia
Você nunca esquecia de me
Proporcionar alegria

Nesse tempo todo



Durante esse tempo todo
Eu só queria uma atenção
Eu só queria não me arrepender 
Das palavras que não deixei
Escaparem da minha boca

Eu só queria me olhar no espelho
E gostar da garota que eu enxergar
Olhar para dentro de mim 
E ver somente coisas belas

Eu queria olhar e sentir
O vento passar 
Balançando meus cabelos 
Levando o inverno embora

Eu queria olhar para fora 
Da minha janela e ver passarinhos passando
Eu queria ver crianças brincando
E não deixando de sonhar

Eu só queria voltar e relembrar
Das coisas boas que me 
Fizeram sorrir tantas vezes 
Eu só queria aprender coisas novas
Nunca deixar de sonhar 

Nesse tempo todo 
Eu só queria 
Te ver passar

Você era tão diferente de mim



Eu vi em você
Coisas que há muito tempo não via em mim
Coisas que fazia com que o mundo fosse mais colorido

Eu costumava te achar um louco
Por que você fazia coisas que
Eu não tinha coragem de fazer

Você prestava a atenção no céu
Ao invés do chão
Que muitas vezes me prendia
Você olhava além de estrelas
Além das cordas do violão

Você tocava para mim
E fazia questão que eu cantasse junto
Você me dava cada susto
E ria das minhas caretas
Você era tão diferente de mim

Você me dava todas as flores que encontrava
No caminho de minha casa
Você cheirava elas e dizia
O quanto me amava

Você me fazia rir toda hora 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Eu me encontrei





Eu me encontrei
No seu jeito sonhador e sincero de ser
Por seu jeito despreocupado
E engraçado
Por sua facilidade de me fazer rir

Eu me encontrei nas covinhas das suas bochechas
Eu me vi no seus olhos verdes
No seu cabelo tão diferente do meu

Eu me vi querendo te ver toda hora
Falando de você automaticamente
Eu senti meu coração pular
E por ti bombear sem eu ao menos permitir

Eu senti minhas mãos tremerem ao me aproximar
Eu senti uma bobeira e uma necessidade de te impressionar
Sem ao menos precisar
Para você poder sempre estar
Do meu lado sorrindo 
E quem sabe também me encontrar

Chegando perto de mim devagar
Trazendo uma flor para eu cheirar
E seu cão adular

 

É desse jeito que posso sonhar




Minha mania de escrever e me expressar
Toma conta do lugar 
Mas é desse meu jeito estranho
Desse meu jeito romântico
Que me entendo
Que te intendo
Que me faz querer sonhar

É desse jeito que meu coração se acalma no meu peito
É desse jeito que as flores se abrem no meu pensamento
É passando meu sentimento para a caneta

Que eu escuto as ondas do mar
É passando meus medos para o papel
Que eu vejo tudo voltar para o devido lugar

É pensando no futuro que eu enxergo as conchas na praia
É pensando e escrevendo que os minutos passam devagar
Sem ouvir alguém reclamar
E meu coração machucar

segunda-feira, 17 de junho de 2013

O mundo é dos fortes

O dia está acabando
De noite olhos se fecharão
E pessoas entrarão
Em seus sonhos
Em seu mundo perfeito

Quem sabe lá no nosso sonho
Não haverá injustiça
Não haverá maldade
Não haverá ilusão
Muito menos falsidade

Há quem diga
Que o mundo é dos espertos
Descordo, para mim
O mundo é dos fortes




segunda-feira, 10 de junho de 2013

O cobertor da minha infância

Naqueles dias chuvosos
Que tudo está úmido 
Tudo está gelado 
A neve caia lá fora

Crianças pediam agoniadas 
Implorando para brincar 
Naquela neve fria
Que descia como anjos
Do céu 

Eu somente observava
Era o primeiro ano que via a neve
Aqueles floquinhos gelados 
Era tudo novidade
Um espetáculo da natureza

Na minha infância não tinha neve
Na minha infância eu corria na grama
Me deitava naquele verde e levantava rápido
Para que os bichinhos não viessem em mim

Observando essa neve 
Segurando uma xícara de chá
Enxergo pela janela 
Pássaros com gorros e luvas
Bailando no cobertor branco
E eu sonhando atrás do vidro observando 
Lembrando do meu cobertor verde e aconchegante
Da minha infância

Saudade

A saudade dói
Ela aperta nosso coração
E as lágrimas escorrem
Como um rio em uma enchente

As lembranças
Tomam conta dos nossos pensamentos
E todas as coisas são recordadas
De uma maneira frustada
Por fazer parte do passado
Por fazer parte de um tempo
Que já se foi

Os sorrisos
As risadas bobas
Os segredos guardados, a sete chaves
Que foi junto com a pessoa
Voltando em saudade

Voltando em suspiros
Voltando com os soluços
Com lembranças armazenadas

A saudade te faz sentir que tudo foi real
Te faz pensar em dar mais valor
Que nem tudo será eterno

domingo, 9 de junho de 2013

Naquela manhã de inverno eu sonhei

Em uma manhã fria de inverno
Eu acordei de um sonho
Que se eu pudesse permanecia nele eternamente

Um sonho onde eu não sentia ciúmes
Onde minhas dúvidas mais doloridas
Tinham desaparecido

Em um sonho leve e sonhador
Onde a pessoa que você acha que gosta
Gosta de você e está disposta a te amar

Onde eu andava com meus pés firmes
Sem medo de cair e ser derrubada
E levada para a realidade

Por mais verdadeira que ela pareça ser